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Live discute retomada das aulas na UFG

Transmissão da TV UFG teve participação de representantes da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Faculdade de Educação e CIAR

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Texto: Raniê Solarevisky

Imagem: Canal da TV UFG no YouTube

A TV UFG realizou na última segunda (24) uma transmissão para falar sobre a retomada das aulas na UFG. O reinício do semestre de 2020/1 está marcado para a próxima segunda-feira (31) e vai ocorrer em regime de ensino remoto emergencial.

De acordo com a Diretora do CIAR, Marília de Goyaz, várias medidas foram tomadas ainda no início da pandemia, de modo a não recorrer imediatamente ao uso de tecnologias digitais para continuidade das aulas. “A gestão da UFG, preocupada com todos os atores desse processo e em entender melhor as nossas condições e possibilidades, preservando a saúde de todos os envolvidos, com muita responsabilidade e cuidado para manutenção da qualidade do ensino, criou um grande Grupo de Trabalho de Tecnologias, envolvendo não só as Pró-Reitorias e o CIAR, mas também diversas secretarias e outros órgãos”, relatou.

O grupo trabalhou na criação de documentos, tutoriais, capacitações e instruções práticas reunidas no site UFG em Casa, que centraliza as ações e serviços da universidade voltados para o período de suspensão e retomada do calendário acadêmico.  

Para a professora da Faculdade de Educação, Daniela Lima, o momento potencializa problemas anteriores, como a presença de poucos temas ligados à utilização de tecnologias nas grades curriculares dos cursos de licenciatura do Brasil, além da falta de disciplinas orientadas para a docência nos cursos de mestrado e doutorado.  

A pesquisadora também defende que o regime de ensino remoto foi criado apenas para atender a esse momento de emergência. “Antes desse momento, já tínhamos a utilização de tecnologias digitais de informação e comunicação tanto em cursos presenciais quanto na educação a distância (EaD). Então, o primeiro desafio que a gente tem (tanto professores quanto alunos) é superar o preconceito existente sobre a modalidade EaD. Muitos associam o ensino remoto à modalidade EaD e já se preparam com o preconceito de que essa modalidade não teria a mesma qualidade de um ensino presencial”, observa.

A professora Marília lembrou que o CIAR trabalha na implementação de cursos EaD na UFG (alguns avaliados com nota máxima) desde 2007, com uma equipe pedagógica formada por professoras pesquisadoras que, com fundamentação consistente, já ofereciam formação para professores e tutores de cursos dessa modalidade. “No momento em que ocorreu a pandemia, nós alteramos nosso plano de trabalho e não só a equipe pedagógica, mas as demais também começaram a apresentar propostas. Tanto que temos representantes em cada um dos grupos de trabalho que trabalharam e continuam trabalhando em soluções, justamente porque essa experiência acumulada com a educação a distância é muito preciosa nesse momento de ensino remoto emergencial”, explicou.

A Pró-Reitora de Assistência Estudantil, Maisa Silva, lembrou que há problemas que estão fora do alcance direto de ações da UFG: “Tem outras dificuldades que estão além da situação de classe, além inclusive da condição de estudantes, de qualquer política pública ligada à UFG. Como por exemplo os ambientes familiares: as pessoas estão com as crianças, estão com seus idosos, cuidando de pessoas doentes, então isso tudo interfere na condição de acompanhar as aulas – inclusive os professores também estão trabalhando nesses mesmos ambientes”, ponderou.

Ainda assim, dentro do âmbito de ações da universidade, a Pró-Reitora destacou que a UFG tem se esforçado para assegurar condições de retorno, com destaque para o Plano de Conectividade, que oferece pacotes de dados de internet a alunos de baixa renda; e a campanha UFGID, que arrecadou equipamentos de informática para que os estudantes possam realizar suas atividades em regime de ensino remoto.

Confira a transmissão na íntegra logo abaixo:

Fonte: CIAR/UFG

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